quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

UM GOVERNO MAL LEVA SEU POVO À DESGRAÇA E À MALDIÇÃO!
“Um rei justo e honesto ajuda seu país a crescer e viver em paz; o rei que quer ficar rico às custas do povo acaba destruindo sua nação”. (Provérbios 29:4).
O que começa errado, termina errado.
Na hora de votar, o povo vota pensando no partido e nos benefícios pessoais que acaba recebendo. Depois de eleitos, os políticos fazem leis para seu benefício próprio.
O que estamos vivendo no Brasil, é triste de se ver. Enquanto 69 bilhões de reais do dinheiro público desaparecem nas contas dos políticos eleitos pelo povo; enquanto o Senado tem um orçamento luxuoso de 2,7 bilhões por ano, dando 33,4 milhões para cada um dos 81 senadores; enquanto na Câmara dos Deputados razão é de 6,6 milhões para cada um dos 513 deputados (são os senadores e deputados mais caros do mundo), a solução encontrada para minimizar a crise do Brasil e da Previdência é mexer na aposentadoria do pobre trabalhador brasileiro. Enquanto o teto do INSS é de R$ 5.189,82, o plano de seguridade dos congressistas é de R$ 33.763,00. Um exemplo: Responsável pela condução da proposta da reforma da Previdência, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, é aposentado pela Câmara. Ele recebe R$ 19.389,60 reais por mês, além do salário de R$ 30.934,70 reais de ministro. Padilha se aposentou com 53 anos, em 1999, depois do seu primeiro mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul (Fonte: Veja).
O presidente Michel Temer requereu sua aposentadoria como procurador do estado de São Paulo em 1996, quando tinha apenas 55 anos de idade. Já se vão 20 anos que Temer foi aposentado. Não fosse a jovialidade dele na época, o salário é de humilhar qualquer trabalhador aposentado pelo INSS. Dados do Portal da Transparência do governo do Estado de São Paulo mostram que Michel Miguel Elias Temer Lulia, nome de registro do presidente interino Michel Temer, teve rendimentos brutos de R$ 45.055,99 no mês de junho deste ano, valor bem acima do teto permitido pela Constituição. Descontados R$ 14.442,75 que ultrapassaram o teto, Temer recebeu mais de R$ 30 mil brutos. Com o imposto de renda, o líquido ficou em R$ 22.082,70 (Fonte: A Gazeta do Povo).
Pela mudança do governo, após aprovada pelo Senado, o trabalhador ou a trabalhadora, terá que trabalhar 49 anos contribuindo e aos 65 anos de idade, para ter direito dos 100% do benefício, limitado ao teto de R$ 5.189,82. Você já pensou onde irão achar emprego com essa idade? Quantas pessoas morrerão sem alcançar sua aposentadoria? Quantas pessoas terão pouco tempo de vida para desfrutar a vida de aposentado? Isso é uma maldição sobre o Brasil.
Essas pessoas estão lá, porque o povo as colocou lá. O Brasil é um país que se arrepender e voltar ao Senhor Jesus, para que Deus tenha misericórdia de nossa nação, e o povo aprenda a escolher melhor seus representantes e aprenda a depender mais de Deus. O egoísmo do capitalismo e do materialismo de um povo que se esquece de Deus, gerou pessoas que só pensam em si mesmas, e estas pessoas ao se venderem para a corrupção para assumir o poder. E um governo mal leva o seu povo à desgraça e à maldição. Muito para poucos, e quase nada para muitos.
Não bastam passeatas. É necessário levantar um grande clamor ao Todo Poderoso, para que se compadeça da nação brasileira, porque a bênção de Deus seguirá o povo que é obediente à Palavra de Deus, e a maldição seguirá o povo que segue a rebelião, que é o pecado original.
Somente Deus pode sarar, libertar e transformar o Brasil.
A graça do Senhor Jesus Cristo seja com todos vocês.

Por Pr. Alberto Rodrigues da Silva

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O ESCÂNDALO DA GRAÇA


Reflexões em Lucas 7.36-50
"O guia de turismo em Israel, Ralfh Gower, comentando sobre o papel da mulher nos tempos bíblicos, informa-nos que "o papel da mulher sempre pareceu ser de submissão ao homem. Ela se mantinha fora da vista quando havia visitantes (Gn 18.9), servia primeiro aos homens da família antes de sentar-se à mesa, ia buscar água, costurava e cozinhava para a família, e andava a pé enquanto os homens montavam... Se José tivesse tomado a posição que lhe foi atribuída por muitos artistas, andando ao lado do jumento que levava Maria, teria sido objeto de riso dos seus contemporâneos" (GOWER, Ralfh. Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2ª ed. 2012, p. 55). Essa posição da mulher na sociedade judaica sem dúvida foi terrivelmente explorada pelos homens judeus. Os abusos em relação à mulher podem ser notados em textos como Mateus 19, onde Jesus é interpelado a respeito do divórcio. Sua fala ali reflete sem dúvida uma defesa maestral da dignidade da mulher, que sofria muitos tipos de abusos por parte de uma cultura extremamente machista, com exceções, é claro. Para uma mulher, falar com um homem em público era algo impensável, quanto mais o tocar!
Jesus, para salvar, acolher e perdoar, não apenas fala com mulheres (lembremo-nos de João 4, no diálogo com a samaritana), como também permite ser tocado por elas.
A maneira como Jesus perdoa a mulher, como Ele se dirigiu a ela, fugia totalmente aos padrões culturais do Israel do primeiro século, ainda mais porque se tratava de uma mulher pecadora e portanto, marginalizada pela sociedade. Jesus, no entanto, não respeita determinadas convenções. Vai na contramão! O que importa é que a pecadora seja alcançada pela graça que causa escândalo! Esse é o escândalo da graça. O fariseu, mesmo sendo religioso, estudioso do Tanack, não entendeu que "aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama".
Por Presb. Roney Ricardo Cozzer

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

10 MANEIRAS DE UMA IGREJA "MATAR" SEU PASTOR


O ministério pastoral é extremamente árduo. Servir a Cristo como pastor ao contrário do que alguns pensam não é nada fácil. Na verdade, não são poucos os líderes que vivem debaixo de uma enorme pressão espiritual. A igreja em alguns casos é implacável exigindo do pastor muito mais do que ele pode dar.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos afirma que cerca de 90% dos pastores estão trabalhando entre 55 a 75 horas por semana. O percentual de esgotamento está no máximo, com somente 50% dos pastores cumprindo seus anos de trabalho como pastor. A pesquisa também afirma que mais de 50% dos graduados nos seminários deixam o ministério depois de 5 anos. Mais de 1200 pastores a cada mês deixam o ministério devido a tensão ou situações relacionadas com a igreja, assuntos familiares ou falha moral.
Pois é, complicado não é mesmo? Para piorar a situação existem igrejas que se tornaram "experts" em maltratar seus pastores. Eu particularmente, conheço inúmeras igrejas que de forma acintosa e perversa arrebentaram com as vidas de seus líderes.
Lamentavelmente o "pacote de maldades" de algumas igrejas para com o seu pastor é de deixar qualquer um ruborizado.
Veja por exemplo algumas atitudes que podem contribuir para a "morte" do pastor:
1-) Trate-o com desdém, minando pelos cantos da igreja sua autoridade espiritual.
2-) Trate mal sua esposa e exija dela mais do que ela pode dar.
3-) Trate mal seu filhos chamando-os de pestinhas ou coisa pior, colocando sobre eles um peso que não foram chamados a suportar.
4- ) Pague um salário de fome para ele.
5-) Desrespeite-o publicamente.
6-) Semeie duvidas no coração dos irmãos quanto ao caráter dele.
7-) Desvalorize seus ensinos e pregações.
Emoticon glasses Comporte-se dolosamente falando mal dele para a liderança da igreja.
9-) Murmure o tempo todo demonstrando sua insatisfação com o trabalho desenvolvido.
10-) Faça-o trabalhar além da conta não concedendo a ele o direito a férias e descanso.
Que Deus tenha misericórdia do seu povo!
Por Renato Vargens

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O SÁBADO, O DÍZIMO E O REINO DE DEUS!


Tenho visto muitos debates até agressivos, causando a maior confusão na mente de muita gente sincera a Deus e por isso sido indagado sobre esses temas tão polêmicos. De fato, não é fácil num espaço tão pequeno tratar o assunto. Mas quero dar uma luz para que pelo menos algumas pessoas, possam ter uma visão ampla do assunto e saber pesquisar mais.
No final eu deixo a minha opinião pessoal.
O primeiro argumento defendido com unhas e dentes pelos contrários ao pagamento do dízimo pela Igreja, é que não tem no Novo Testamento um texto ordenando o pagamento do dízimo como no Antigo Testamento. Isso é meia verdade. Não temos nenhum texto nem ordenando e nem condenando ou afirmando que isso não vale mais. Mas não é esta a visão correta e a solução do problema. Senão vejamos. Os discípulos de Jesus Cristo, guardaram o sábado, conforme o Novo Testamento: “(...) E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento”. (Lucas 23:56b). As discípulas, e naturalmente os apóstolos, embora sendo a Igreja, como judeus que eram, (Mateus 16:18) guardaram o sábado. E vem a pergunta: Tem a Igreja que guardar o sábado? Tanto o dízimo como o sábado, precisam ser entendidos dentro da visão do Reino de Deus.
1.A LEI E O REINO DE DEUS.

O problema está em que muita gente que acredita saber o que é, tem uma visão muito pequeno sobre o Reino de Deus. Usam a forma legalista, própria da Lei de Moisés. Você tem que fazer isso se não é castigado, ou não faço isso porque não tem ordem explícita. Eu não pago o dízimo porque não tem no Novo Testamento. Isso é o espírito da lei mosaica. O judeu fazia (ou tentava fazer) o que era obrigado pela força da Lei. E mais nada.
Aliás, muitos pregadores julgam que o reino de Deus é uma lei melhorada. Está no Antigo e tem que estar no Novo Testamento para valer. O Reino de Deus é incomparavelmente maior e superior à Lei de Moisés. Quando Jesus ensinou os evangelhos, Ele pregou dentro da visão do Reino de Deus: “(...) se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3b). “...Jesus...pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele” (Lucas 8:1).
E foi assim que Jesus começou a mostrar a amplitude espiritual trazida pela mensagem do reino em comparação com a Lei:
“Ouvistes o que foi dito: (Mateus 5:28-48)
2.LEI DE MOISÉS (REINO DE DEUS)
Não cometerás adultério (Olhar para uma mulher com intenção impura, já cometeu adultério com ela).
Dar carta de divórcio à mulher ( Se não for por fornicação, o novo casamento será um novo adultério).
Cumpra o teu juramento (Não jure por nada. Diga sim, sim; não, não).
Olho por olho, dente por dente (Se te ferir na face direita, oferece também a outra).
Ama o próximo e odeia o inimigo (Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem).
É dentro desta visão totalmente nova, e superior “se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus”. (Hebreus 7:19b), que devemos compreender o dízimo, o sábado e tudo o mais.
3.JESUS E O DÍZIMO
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mas importantes da Lei; a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas”. (Mateus 23:23).

4.O REINO DE DEUS E O DÍZIMO
O dízimo, vem do hebraico “ma‘aser” e do grego “dekate” e significa “a décima parte”.
Assim, embora o dízimo seja anterior a Lei de Moisés, porque foi dado amorosamente por Abraão pelo menos 400 anos antes, a Lei exigia os dez por cento. E no Reino de Deus? Para você compreender o Reino, precisa conhecer suas leis, os fundamentos dos apóstolos e profetas (Efésios 2:20) e seus princípios. Sem isso sua visão será minúscula do Reino de Deus. Um princípio fundamenta é o quinto pilar ou verdade do Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo: “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:33). E foi isso que Jesus ensinou. O jovem rico cumpria todos os mandamentos. Mas o que Jesus exigiu dele, para ser um discípulo? “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres e terás um tesouro no céu; e, vem, e segue-me”. (Mateus 19:21). Jesus não exigiu dez por cento, mas cem por cento. No Reino de Deus, dar o dízimo é pouco. Jesus tem que ser Senhor de tudo o que você tem e é. Ele pode te dar tudo e te tirar tudo também. O apóstolo Paulo aprendeu bem isso: “Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez”. (Filipenses 4:12). A Igreja de Atos entendeu essa visão: “Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” (Atos 2:45). Os primeiros cristãos longe dos dez por centos, entregaram cem por cento. Jesus era o Dono de tudo o que tinham. Isso não é uma norma, mas é fruto do entendimento e da visão que se alcança sobre o Reino de Deus.
5.A IGREJA DE ATOS, O DÍZIMO E O NOVO TESTAMENTO
Aqui é preciso um certo cuidado. A igreja foi (e é) formada por judeus e gentios (os demais povos). “a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho”. (Efésios 3:6).
Quando os gentios começaram a se converter, e a parte dos gentios da Igreja se formava, o Concílio de Jerusalém, conforme Atos 15:28-29, que aconteceu no ano 50 depois de Cristo, decidiu não impor nenhuma observância da lei sobre eles, que nada disso conheciam e seria um obstáculo para sua conversão, exceto, as questões que envolviam idolatria e pecados sexuais.
Mas e a parte judaica da Igreja do Senhor, pagava o dízimo do Senhor? Os judeus pagavam o dízimo já há milhares de anos. Será que teriam deixado de ser dizimistas assim, num piscar de olhos? Vamos às Escrituras do Novo Testamento.
“Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos...” (Hebreus 7:8a)
O verbo grego “lambano”, aqui traduzido por “recebem” e “tomam” em outras traduções em português, indica o momento exato em que o Autor Sagrado escrevia a Carta aos hebreus (judeus) convertidos a Cristo que faziam parte da Igreja na Itália (Hebreus 13:24) e que tinham familiaridade com o Antigo Testamento. O verbo está no tempo presente do indicativo, que é usado quando se deseja retratar um fato ocorrido no momento da fala, também chamado de “presente momentâneo”. O Autor escreve o fato que estava acontecendo na Igreja, na parte dos judeus. O Concílio de Jerusalém aconteceu no ano 50, 20 anos após a fundação da Igreja; a Carta aos Hebreus foi escrita no ano 68 (conforme muitos exegetas), o que significa dizer que os cristãos judeus já pagavam o dízimo do Senhor por pelo menos 38 anos de existência da Igreja do Senhor na Terra. É um fato impressionante.
E afirmar que a Igreja nunca pagou o dízimo e que não tem registro no Novo Testamento, é pura ignorância da Palavra de Deus.
6.O APÓSTOLO PAULO E O DIZIMO
Achei muito engraçado um comentário que dizia que o apóstolo era um bom exemplo de que pagar o dízimo não era garantia de prosperidade para ninguém, porque ele havia passado fome e necessidade. Bom, vamos ter que resolver um problema. Se Paulo pagava o dízimo, quando passou fome e necessidades financeiras, de fato não adiantou nada pagar o dízimo. Mas, prova que ele pagava o dízimo no Novo Testamento. Se ele não pagava o dízimo, quando passou por tudo isso, não teria problemas, porque a bênção prometida é para o dizimista e não para quem não paga o dízimo. Qual você acha que está certa?
Nenhuma. A resposta é visão correta e profunda do Reino de Deus. Atos dos apóstolos termina falando do ministério do apóstolo Paulo: “Por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo’. (Atos 28:30-31). O Livra de Atos dos Apóstolos é concluído falando do Reino de Deus. E no Reino de Deus, o Rei é Jesus Cristo, que é o Senhor de tudo e de todas, tanto de vivos como de mortos. Jesus nos dá tudo. Jesus pode tirar tudo. Dos apóstolos de Jesus, com exceção de João, segundo a tradição todos os demais foram mortos por causa do Evangelho de Jesus Cristo. E Jesus disse para Pedro, que sua morte seria para glorificar a Deus (João 21:18).
A Lei de Moisés exigia o pagamento dos dízimos do trigo, do vinho e do azeite (Deuteronômio 14:22,23). Mas aí os rabinos judeus começaram a exigir o dízimo também dos legumes, das frutas e das castanhas. O dízimo do coentro e do cominho aparecem na Mishnah, que exaltava a religião deles. Jesus aprovou o pagamento do dízimo, mas condenou os princípios da Lei, que são fundamento do Reino de Deus. Assim Jesus disse: “devíeis fazer estas coisas”, isto é, pagar o dízimo da hortelã, do endro e do cominho. “Sem omitir aquelas”, isto é, deixar de praticar a justiça, a misericórdia e a fé. Para Jesus o mais importante são os princípios do Reino de Deus. Quando o fariseu chegou até Jesus e lhe perguntou qual era o principal dos mandamentos, Jesus respondeu que era Amar a Deus de todo o teu coração e ao próximo como a si mesmo. O fariseu demonstrou que conhecia muito bem os mandamentos. Jesus lhe respondeu: “E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus”. (Marcos 12:34). Muitas pessoas estão dentro de igrejas, com conhecimento da letra bíblica, dos mandamentos, mas está fora do Reino de Deus.
7.POR QUE NA LEI NÃO FALA DE DINHEIRO NO DÍZIMO?

Os livros da Lei de Moisés, Êxodo, Levítico e Números foram escritos em 1.512 antes de Cristo, e Deuteronômio em 1.473 antes de Cristo. A introdução da moeda como dinheiro aconteceu no mundo entre 701 e 800 antes de Cristo. Assim o dinheiro foi inventado mais de mil anos depois da Lei de Moisés ser escrita. Praticava-se nesse tempo o escambo, isto é, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência em moedas, que não existiam. Assim, quem pescasse mais peixes do que o necessário para si e família, trocava o excesso com milho por exemplo, que era excesso de quem o plantava.
Malaquias foi escrito em 443 antes de Cristo. O dinheiro foi introduzido em Israel entre 141-140 antes de Cristo, isto é, Israel veio a conhecer dinheiro em sua economia mas de 300 anos depois de concluído o Cânon do Antigo Testamento. Assim, a Bíblia não fala de dinheiro nos dízimos, pelo mesmo motivo que não fala de cigarro, televisão, celular.
E nos tempos de Jesus, quando Israel usava dinheiro, o dízimo era dado em dinheiro? Com a palavra o próprio Jesus: “Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos (...) O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens (...) nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” (Lucas 18:9-14).
Fica evidente, que os judeus já nos tempos do Novo Testamento, também pagavam o dízimo sobre o que ganhavam em dinheiro.
8. CONCLUSÃO FINAL – MINHA OPINIÃO

Essa discussão interminável sobre pagar ou não pagar o dízimo, só demonstra que o povo de Deus, infelizmente, não tem o mínimo de entendimento sobre o Reino de Deus. Na Igreja em que pastoreio, tenho membros que não pagam o dízimo e nem dão ofertas. E nem por isso são cobrados, pressionados. São amados e tratados como os demais. Porque o dízimo, e as ofertas generosas (aquelas que até bem maiores do que a gente “poderia” dar) devem ser frutos de:
8.1. Um ato de adoração
8.2. Um ato de fé
8.3 Um ato de gratidão a Deus, reconhecendo que o Senhor é dono de tudo
8.4 Um ato de um coração comprometido em sustentar a Obra do Reino de Deus, por amor a Jesus Cristo, porque sei que sem dinheiro não se faz nada.
Ninguém deve pagar o dízimo para não ser amaldiçoado, porque isso, porque aquilo. Deus não precisa do seu dinheiro.
Eu, reconheço que ainda não estou pronto para dar tudo, então, dou dez por cento com amor e carinho e mais as ofertas generosas, que ultrapassam os dez por cento. Lembre-se: Eu não sou um pastor que tenha salário e seja sustentado pela Igreja, eu trabalho em empresas desde os 12 anos de idade e hoje sou contabilista, que atua na área fiscal e tributária (antes que alguém venha pensar que é fácil pagar o dízimo quem recebe muito dinheiro da igreja).
Minha convicção é tanta, que eu já disse e hoje escrevo aqui: Podem todos os cristãos do mundo todo deixarem de pagar o dizimo do Senhor. Enquanto eu estiver vivo, Deus terá um dizimista fiel: pastor Alberto. Não por obrigação, e nem ficar pesquisando no Novo Testamento se devo ou não. É a minha visão sobre o Reino de Deus, conforme Jesus explicou: “...porque eis que o reino de Deus está dentro de vós”. (Lucas 17:21b).
9.É ÚTIL FICAR NESSA LONGA DISCUSSÃO SOBRE O DÍZIMO E O SÁBADO?
Não quero mudar a opinião de ninguém, e nem provocar mais discussão inútil sobre isso, como a Bíblia no orienta:
“Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não tem utilidade e são fúteis”. (Tito 3:9).
O sábado como foi guardado pelo antigos judeus e como algumas igrejas hoje guardam, num terrorismo impraticável, onde a pessoa se torna escrava, cheia de medo, não participa de qualquer evento, que é considerada pecadora e até é punida, perdeu a visão e o propósito dados pelo Criador. Outros até afirmam que quem não guarda o sábado não será salvo. Isso é uma distorção terrível, porque o reino de Deus no trouxe a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas no Milênio, o sábado voltará a ser guardado, mas com a visão original e espiritual, porque Jesus Cristo que é Senhor também do sábado (Isaías 66:23), será adorado por todos. Aleluia!
Então segue a orientação apostólica: “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graça a Deus”. (Romanos 14:4-6). Não julgue ou critique o seu irmão que pensa diferente.
A todos que não concordem comigo, eu respeito as suas opiniões. Espero ter ajudado alguém, especialmente aos que estão confusos com tantos debates sobre esses temas. Eles não têm fim.
O mais importante: é a visão é o Reino de Deus. Procurem estudar e conhecer mais sobre o Reino de Deus.
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos.
Pastor Alberto - Brasil

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A DESFIGURAÇÃO DA FIGURA PATERNA NA PÓS MODERNIDADE:


"Por isso vivenciamos a influencia satânica no contexto do mundo e potencializada na pós-modernidade atacando, imobilizando e desfigurando a figura do pai, a fim de que a paternidade de Deus não possa ser processada. Como consequência, toda nossa sociedade tem se tornado uma sociedade sem pai e longe de Deus. De 1960 a 1990 a porcentagem de crianças que vivem longe de seus pais biológicos chegou a 40%. No ano de 2000, já haviam alcançados 50% daquelas que vão “pra cama sem ouvir uma história pra dormir” ou receber um beijo paternal. Alguns psicólogos ressaltam que a ausência do pai, provocada por sua morte, ainda chega a ser menos traumática do que a ausência paterna provocada por abandono, divórcio, separação ou mesmo omissão. As pesquisas comprovam que os filhos de mães divorciadas ou mesmo solteiras não se dão tão bem, em qualquer âmbito de avaliação, do que os que convivem com a figura paterna!
O papel do pai é muito importante na formação de uma pessoa, sem duvidar ou subestimar o papel protetor da mãe" - do livro "A Cura da Alma é o Equilíbrio do Espírito Santo".
Por Pastor George dos Santos Borges

terça-feira, 14 de outubro de 2014

TRINTA RAZOES POR QUE NÃO GUARDO O SÁBADO.

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1) O SÁBADO FAZ PARTE DE UM CONCERTO OU PACTO ENTRE DEUS E O POVO ISRAELITA E NINGUÉM MAIS.
2) ANTES DO CONCERTO DO SINAI DEUS NÃO ORDENOU A NINGUÉM QUE GUARDASSE O SÁBADO.
3) O SÁBADO ERA UM PACTO ENTRE DEUS E OS ISRAELITAS. ERA BILATERAL. SÓ TERIA VALIDADE COM A ACEITAÇÃO E O CUMPRIMENTO DE AMBAS AS PARTES.
4) O SÁBADO CONSTA DO DECÁLOGO E ESTA NÃO É A PARTE MAIS IMPORTANTE DA LEI DE DEUS.
5) A PALAVRA "LEI" EM NENHUMA DAS 400 VEZES QUE OCORRE NA BÍBLIA SE REFERE SOMENTE AO DECÁLOGO, ONDE ENCONTRAMOS A GUARDA DO SÁBADO.
6) O SÁBADO NÃO É UMA INSTITUIÇÃO PERPÉTUA, COMO A LEI NÃO É.
7) DEUS ABORRECE O SÁBADO, PORQUE ENVOLVE UM PRECEITO CERIMONIAL CARENTE DA VERDADEIRA FÉ.
8) O SÁBADO FAZ PARTE DA LEI E ESTA FOI TOTALMENTE ABOLIDA POR CRISTO.
9) ESTAMOS EM UM NOVO CONCERTO, O DA GRAÇA.
10) NO NOVO CONCERTO, SOB O QUAL ESTAMOS, NÃO EXISTE MANDAMENTO PARA GUARDAR O SÁBADO, EMBORA ENCONTREMOS TODOS OS OUTROS DO DECÁLOGO.
11) JESUS CRISTO, O MEDIADOR DO NOVO CONCERTO, E NOSSO SALVADOR, NUNCA ORDENOU A NINGUÉM QUE GUARDASSE O SÁBADO.
12) O MINISTÉRIO DA LEI (O SÁBADO TAMBÉM) FINDOU COM O MINISTÉRIO DE JOÃO BATISTA.
13) A GUARDA DO SÁBADO NÃO JUSTIFICA NINGUÉM, PORQUE A LEI NÃO FOI DADA PARA JUSTIFICAR, MAS PARA REVELAR AO HOMEM O SEU PECADO.
14) GUARDAR O SÁBADO, PARA O CRISTÃO, É INCORRER EM UM GRAVE PECADO CHAMADO - ADULTÉRIO ESPIRITUAL.
15) EM NENHUM LUGAR DO NOVO TESTAMENTO O ESPIRITO SANTO DÁ SEU PARECER FAVORÁVEL À GUARDA DO SÁBADO.
16) OS GRANDES ACONTECIMENTOS DO CRISTIANISMO NÃO SE DERAM NO SÁBADO, MAS NO DOMINGO.
17) A IGREJA PRIMITIVA GUARDAVA O DOMINGO E NÃO O SÁBADO. 14
18) TODOS OS QUE GUARDAM O SÁBADO (LEI), COMO MEIO DE JUSTIFICAÇÃO, OU CAÍRAM DA GRAÇA OU NUNCA ENTRARAM NELA. ESTÃO SEPARADOS DE CRISTO. 15
19) PAULO CHAMA A GUARDA DO SÁBADO DE RUDIMENTO FRACO E POBRE.
20) NENHUM DOS APÓSTOLOS, EM NENHUM LUGAR DO NOVO TESTAMENTO, RECOMENDA OU ORDENA A GUARDA DO SÁBADO.
21) NAS RESOLUÇÕES TOMADAS PELA IGREJA NO CONCILIO DE JERUSALÉM, NADA CONSTA SOBRE A NECESSIDADE DA GUARDA DO SÁBADO.
22) O APÓSTOLO PAULO ERA APÓSTOLO DOS GENTIOS, E EMBORA TENHA DITO QUE TUDO DE PROVEITOSO ELE ENSINOU, E QUE ENSINOU TODO O CONSELHO DE DEUS, NADA ENSINOU ACERCA DA NECESSIDADE DA GUARDA DO SÁBADO.
23) GUARDAR O SÁBADO, POR SER PRECEITO DA LEI, E PROCURAR IMPOR SUA OBSERVÂNCIA SOBRE OUTROS, É O MESMO QUE TENTAR A DEUS.
24) OS APÓSTOLOS, COLUNAS DA IGREJA, PEDRO, TIAGO E JOÃO, E TAMBÉM PAULO, DOUTOR DOS GENTIOS, NÃO GUARDAVAM O SÁBADO (LEI); PELO CONTRÁRIO, FORAM DUROS E RIGOROSOS NO COMBATE ÀS DOUTRINAS SABATISTAS:
25) PAULO DIZ QUE NINGUÉM DEVE JULGAR ALGUÉM QUE NÃO GUARDA O SÁBADO, PORQUE TODOS OS DIAS SÃO IGUAIS.
26) O SÁBADO, A LUA NOVA, OS DIAS DE FESTAS E OUTROS CERIMONIAIS DA LEI, SÃO MERAS SOMBRAS DOS BENS FUTUROS.
27) O SÁBADO Ê UM SINAL ENTRE DEUS E ISRAEL. NÃO É NEM PODE SER UNIVERSAL.
28) DURANTE SUA VIDA NA TERRA, JESUS ESCOLHEU O SÁBADO COMO DIA DE TRABALHO.
29) PROCURAR GUARDAR O SÁBADO É O MESMO QUE TENTAR GUARDAR A LEI DE MOISÉS, PORQUE É ELE PRECEITO UNICAMENTE MOSAICO. E QUEM PROCURA JUSTIFICAR-SE PELA OBSERVÂNCIA DA LEI ESTÁ:
30) O SÁBADO DO DECÁLOGO TEM UMA PARTE MORAL E ETERNA, E UMA OUTRA CERIMONIAL E TRANSITÓRIA.
Por Jhones Bazelatto

terça-feira, 23 de setembro de 2014

O que se entende por DÍZIMO?


DÍZIMO NA BÍBLIA ERA ALIMENTO E NUNCA FOI DINHEIRO.

Em toda a bíblia há 34 referencias direta ao dízimo, sendo 25 no Antigo Testamento e apenas 09 no Novo Testamento. Nenhuma dessas referencias mostra que o dizimo em algum momento foi entregue em dinheiro pelos judeus, povo a quem foi dada as leis, inclusive a do dízimo. O dizimo bíblico sempre foi alimento, mas alguns tentam justificar o pagamento em dinheiro na atualidade, alegando que os judeus eram pobres, cuja economia advinha da agropecuária, por isso davam dízimos do fruto da terra e do rebanho. Mas vejamos o que Deus promete a Abraão em relação aos judeus: "Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá comgrande riqueza." (Gênesis 15:13,14). O que Deus prometeu a Abrão cumpriu-se quando tirou os hebreus do Egito para levá-los a terra que manava leite e mel. “E eu darei graça a este povo aos olhos dos egípcios; e acontecerá que, quando sairdes, não saireis vazios, Porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda jóias de prata, e jóias de ouro, e vestes, as quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis os egípcios”(Êxodo 3:21,22). 

Como vimos, os judeus saíram do Egito ricos, pois Deus proveu riquezas pra eles, mas dessas riquezas não exigiu dízimos. Também, na caminhada de Israel do Egito à terra prometida durante 40 anos nenhum dizimo foi exigido do povo. Somente após eles tomarem posse da terra prometida e a partir do momento que a terra produzisse seus frutos era que os judeus haveriam de entregá-los (Deuteronômio 26;1,2).

Ao estabelecer a lei dos dízimos para Israel, o Senhor determinou que tudo fosse observado, conforme os preceitos que Ele entregou a Moisés. Em relação a entrega do dízimo, Deus estabeleceu regras a serem obedecidas. Assim sendo, o dízimo não poderia ser entregue em qualquer lugar, mas no lugar que o próprio Deus escolheria para ali fazer habitar o Seu Nome (Deuteronômio 12:11; 14;23). Esse lugar a principio foi Siló, onde o tabernáculo descansou por alguns anos até ser transferido para o monte Gibeom. Mais tarde seria Jerusalém, onde foi construído o templo por Salomão e posteriormente a casa do tesouro que eram câmaras ou depósitos de mantimentos anexos ao templo construídas por Ezequias (2Crônicas 31;11,12; Neemias 10:37-39; 13:9; Malaquias 3:10). 

O dízimo deveria ser levado a esse lugar uma vez ao ano, sendo que se algum judeu habitasse longe desse lugar e o mesmo ficasse impossibilitado pela distância de levar o dízimo, tal deveria vendê-lo e, com o dinheiro da venda prosseguir viagem até o local determinado pelo Senhor. Lá chegando, este deveria com aquele dinheiro comprar tudo o que sua alma desejasse e depois comê-lo, não esquecendo de dar a parte do levita a quem Deus tinha autorizado a receber os dízimos por eles não haverem recebido herança na terra prometida (Deuteronômio 14:22-27). Também, a cada três anos havia um dizimo especial, onde o judeu o ajuntaria na sua própria casa e lá iria o levita, o estrangeiro, a viúva e o órfão que habitassem nas proximidades. Ali, estes comeriam esse dizimo até se fartarem e, por essa ação viria a bênção de Deus sobre a vida do dizimista, que seria abençoado em toda a obra de suas mãos (Deuteronômio 14: 28,29). Observe que a promessa de prosperidade em relação ao dizimo estava condicionada ao ato de se repartir este e saciar a fome dos levitas com o necessitado e não no ato da entrega como defendem os proponentes da falsa teologia da prosperidade.

Deus ainda pediu que após a entrega dos dízimos o dizimista fizesse uma oração, onde em suas próprias palavras o dizimista confirmaria que fez tudo o que o Senhor pediu que se fizesse (Deuteronômio 26:2-15). O dizimista não poderia fazer o que bem entendesse com o dizimo, pois após determinar as regras, Deus admoesta os dizimistas a cumprirem fidedignamente seu mandamento: “Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás”(Deuteronômio 12:32)... Neste dia, o SENHOR teu Deus te manda cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os pois, e cumpre-os com todo o teu coração e com toda a tua alma (Deuteronômio 26:11).

Deus ordenou que seu mandamento em relação ao dízimo fosse cumprido à risca, não acrescentando ou diminuindo nada do que ele mandou. Por isso, os judeus nunca deram dízimos em dinheiro, porque Deus não aceitava, apesar de eles terem bastante dinheiro, pois Deus os tinha abençoado em tudo (Deuteronômio 2:6,7). Até mesmo no tempo de Jesus não se dava dizimo em dinheiro, pois vemos os fariseus dando-o em hortelã, endro, cominho, arruda e todas as hortaliças (Mateus 23:23; Lucas 11:42). Convém salientar que nestes textos Jesus em momento algum está ensinado a prática do dizimo na Nova Aliança, até por que o Novo Testamento só iniciou após a morte de Jesus (Hebreus 9:16,17). JESUS estava repreendendo os fariseus legalistas que tentavam se justificar diante de Deus pela prática do dízimo, mas esqueciam o que era mais importante para Deus como: exercerem a justiça, usarem de misericórdia e terem fé. E ainda, Jesus estava no cumprimento da lei, sob a qual ele nasceu para cumprir (Mateus 5;17: Gálatas 4:4), por isso, não poderia ser contra a prática dos fariseus dizimarem. O dizimo bíblico acabou na cruz, onde Cristo, pela Sua morte pagou toda a nossa dívida (Colossenses 2:14), isentando Sua igreja das obrigações da lei.

O DIZIMO NA NOVA ALIANÇA SE CONVERTEU EM DINHEIRO?


É o que a maioria das igrejas defendem, ensinam e cobram até com ameaça de maldição para os que não pagam. O dizimo não vigorou na Nova Aliança, assim como a circuncisão, o sábado, sacrifícios de animais para expiação dos pecados e as demais leis dadas ao povo judeu por Moisés que foram apenas sombra da realidade que é a graça. 

Mas, da forma como o dizimo é ensinado atualmente, parece que ele foi a única lei do antigo testamento que milagrosamente resistiu a cruz, onde, pela carne de Cristo rasgada foram abolidos as leis dos mandamentos (Efésios 2;15). Muitos insistem em dizer que o dízimo se faz necessário atualmente por causa das construções de templos e despesas oriundas destes, como; pagamentos de taxas de energia, água, telefone e até mesmo o salário de pastores. Porém, a Bíblia ensina que o dízimo nunca foi para custear construção do templo ou sua manutenção e muito menos para pagar salário de sacerdote. O dizimo era exclusivamente para atender a necessidade alimentícia do levita e dos necessitados. Somente os levitas tinham de Deus autorização para receberem os dízimos do povo. O sacerdote que presidia sobre os levitas recebia apenas a décima parte de todos os dízimos – o dízimo dos dízimos (Números 18:21-24).

Alguns ensinam também que sem os dízimos não tem como a obra missionária e de evangelização avançarem e alcançarem outros povos. Mas, quando olhamos para o ensino de Jesus concernente aos crentes levarem a mensagem das boas novas, vemo-lo ensinando os discípulos a agirem exatamente o contrário daquilo que os pregadores modernos ensinam: “Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento (Mateus 10:5-10). Veja também o evangelho de Lucas capítulo 10.

A obediência às ordens do Mestre foi o suficiente para o evangelho sair de Jerusalém, passando pela Judéia e Samaria, cruzando as fronteiras e chegando até nós os confins da terra (Atos 1:8). Se Ele ordenou assim, porque não obedecer?

Outro questionamento é: E, quanto ao salário do obreiro, do que eles vão se manter se Jesus ordenou que aqueles que pregam o evangelho que vivam do evangelho? Quando Paulo aludiu a esta questão ele se referiu as palavras do próprio Cristo, conforme está em Mateus 10:10 que disse: “porque digno é o operário do seu alimento”. Mas no evangelho de Lucas 10:7, Cristo claramente afirma:  "E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa". Notemos que o salário do obreiro, conforme as palavras do Mestre que os comissiona, se refere a consideração daquele que é beneficiado pela palavra para com o pregador, que deve ser motivado a espontaneamente repartir dos seus bens com aquele que o instrui (Gálatas 6:6), conforme propuser em seu coração, não fazendo por constrangimento, mas por amor (2Corintios 9:7). É importante ressaltar que em 1Corintios 9, Paulo não está ensinando que o obreiro deva ser sustentado conforme eram os sacerdotes do antigo concerto, como muitos entendem e reivindicam. 

O apóstolo Pedro ao se referir sobre a sabedoria que foi dada a Paulo e da forma como ele ensinava discernindo a lei da graça, reconheceu que havia pontos difíceis de entender, mas que nisso os os indoutos e inconstantes torciam, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição (2Pedro 3:16). A primeira carta aos Corintios foi uma delas e que até hoje se deturpam seus ensinos, pois, Paulo estava admoestando os coríntios que estavam sustentando obreiros fraudulentos que os haviam enganado neste particular, onde ele, mostra pelo seu exemplo de dedicação a obra de Deus, que poderia sim ser sustentado pela igreja nesses moldes, mas que preferiu não sê-lo, para não escandalizar o evangelho. Se OUTROS participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, NÓS? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo (1Corintios 9:12).

Agora, se o obreiro se dedicar integralmente ao serviço de Deus, fazendo a obra pelo qual foi chamado, visitando, aconselhando, intercedendo, amando e resgatando aqueles que se afastaram do redil, certamente que seu trabalho será reconhecido pela igreja, sem que ele precise tá cobrando isto, pois a Palavra assim ordena: "Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina;" (1Timóteo 5:17). Sendo o papel da igreja reconhecer o trabalho do obreiro, este jamais deva cobrar por seus serviços ou estabelecer seu próprio salário, muito menos usando o argumento do dízimo para esse fim. E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” (Gálatas 6:6).

Outros chegam a dizer que o dizimo não é obrigatório para o cristão, pois este é uma questão de fé e que aquele que o dá precisa fazê-lo por FÉ. Ora, existe uma tremenda contradição nesta afirmação, pois, se o crente tem de dar dez por cento de seu salário (ao que chamam de dízimo), não podendo ser mais nem menos e ainda corre o risco de ser amaldiçoado se não o fizer, logo, isto é uma obrigação e não opção. E ainda, o dizimo era obra da lei e a lei não é da fé (Gálatas 3:12). Então, como pode ser este uma questão de fé?

Não sou contra a contribuição na igreja, pois eu mesmo sou um contribuinte. Mas que a igreja seja doutrinada e ensinada que a contribuição deva ser nos moldes que o Novo Testamento que foi firmado no sangue de Cristo nos ensina que, esta deva ser por prontidão de vontade com aquilo que temos: “Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem”. (2Corintios 8:12), e também com aquilo que propusermos no coração, fazendo com alegria, para que seja aceita por Deus:“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2Corintios 9:7).

Concluo enfatizando mais uma vez que o dizimo não existe na Nova Aliança. Nem por obrigação e muito menos por fé, pois se esta lei ainda estivesse em vigor, deveria ela ser aplicada pelo principio que foi estabelecido por Deus que era o sustento daqueles que nada receberam como os levitas e dos que nada tinham como os órfãos, viúvas e estrangeiros. Deus chegou a pedir para os judeus não acrescentar e nem diminuir aquilo que Ele determinou em relação ao dízimo (Deuteronômio 12:22). E por que razão o mudaríamos?

Por Reginaldo Barbosa
Santa Bárbara do Pará